segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Pseudo-intelectuais e suas chatices

Pior do que seres que “pairam” no mundo, sem conseguir questionar nada do que vê na TV, são os pseudo-intelectuais. Não tem nada mais chato do mundo do que essas pessoas...

Sabe aqueles que postam no Facebook: “ouvindo Chico Buarque” ou “nas minhas horas vagas, gosto de ler Dostoiévski”? Sempre me pergunto... Que tipo de comentário uma pessoa dessas espera? Eu sempre penso em comentar “legal, nas minhas horas vagas, gosto de assistir Chaves!”. E o pior é que normalmente esse tipo de pessoa é aquele que “não se deixa manipular pela Globo”, mas se deixa manipular pela revista Veja ou algo do tipo.



E quando eles resolvem criticar tudo e todos? Isso acontece porque essas pessoas se acham melhor que o resto do mundo. Então, se a moda é filme Crepúsculo, elas dizem que esse filme está fritando o cérebro de nossos adolescentes.... Eu gostaria de saber quantas pessoas passaram pela adolescência sem se encantar com um filminho de romance água-com-açúcar. No meu tempo eu assistia Titanic 1500 vezes por semana e não me acho pior que ninguém por isso. É algo que faz parte da adolescência.

Agora imagina o quanto os pseudo-intelectuais se sentiram ameaçados quando a revista Época cometeu a heresia de dizer que Michel Teló representa a cultura brasileira? Quem será que representa a cultura brasileira então? Maria Gadú? Caetano Veloso? Francamente... Também não sou fã de Michel Teló, tampouco de Maria Gadú ou Caetano Veloso. Mas cada um sabe o que seus ouvidos gostam. A maioria dos brasileiros tem os ouvidinhos voltados para ritmos dançantes com letras sem sentido. E daí? O que eu, pobre mortal, tenho a ver com a vida da criatura que dança funk no sábado à noite? Eu me meto em assuntos do tipo rodeio, que estão claramente ferindo alguém. Agora, ouvir determinado tipo de música, ter determinado ídolo, gostar de determinado filme... Tá ferindo quem?



A gente tem direito de não gostar dessas coisas, só não tem o direito de falar que outras pessoas não deveriam gostar também. Acho engraçado como tantas e tantas pessoas gastam tempo em campanhas do tipo “não ouça Justin Bieber” do que campanhas contra corrupção, contra abandono de animais, a favor da educação, etc. Agora é a hora que você pensa “mas querer que os adolescentes gostem mais de bons livros e ouçam boa música não faz parte da educação?” – faz. Obviamente. E por que você acha que criticar Justin Bieber vai mudar alguma coisa? Todo mundo tem seus momentos de gostar de coisas fúteis, que não acrescentam “cultura” a nossa vida. Ninguém passa a vida toda lendo livros extremamente filosóficos. Além disso, se seu filho adolescente gosta de ler Crepúsculo, fique feliz! Assim se aprende a gostar de ler. Afinal de contas, todo mundo começou lendo coisas como “O cachorrinho Samba”, não?


Um comentário:

  1. Concordo e "iscrusive" penso que cada um é livre para fazer o que quiser, desde que não esteja ferindo alguém de fato, ou feriando animais, e essas "coisas caótias" (dessas pessoas que só vieram espalhar a maldade) fora isso, ouvir funk, sernatejo universitátio, Justin Bieber e afins é perfeitamente compreensível, o fato é que o mundo é mais ligado hoje e todo mundo sabe o que todo mundo está fazendo ou ouvindo por causa da internet, por isso fica muito fácil de sair criticando TODOS e espondo suas idéias que parecem ser melhores.
    Eu curte meu heavy metal e rock n' roll mas nem por isso deixo de ser amigo ou conversar com gente que sequer sabe quem é Metallica, Iron Maiden ou Beatles, e acredite, tem MUITA gente que já deixou de conversar comigo por que eu supostamente ouvia "musica do diabo". Dessas pessoas eu não quero nada, só não preciso que venham me ofendendo e dizendo abobrinhas do tipo: "ah o cara tá falando inglês, xingando a sua mãe e você nem sabe" ... não meu amigo, isso eu sei como é, é em português e se chama funk.

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